Sobre o protesto em Blumenau, 20/06/13

Não consegui participar do protesto ocorrido em Blumenau desde seu início. As impressões que me ficaram do evento, por isso, são ainda mais parciais do que as impressões de tais movimentos, sempre parciais. Não acompanhei a concentração na Prefeitura, o momento em que as pessoas aos poucos vão se reunindo, o que abre a possibilidade de ler os muitos cartazes já prontos e os ainda em confecção. Só me juntei ao mar de gente por volta das 19h30, na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Presidente Castelo Branco. Àquela altura, os manifestantes já tinham saído da Prefeitura, percorrido a Rua Sete de Setembro, protestado defronte a Câmara de Vereadores e estavam a retornar à Prefeitura. E talvez o fato de encontrá-los na avenida que leva o nome de um ditador não seja só uma coincidência.

Juntei-me à passeata e comecei a analisar as pessoas, os cartazes. Muitos enrolados em bandeiras brasileiras, com narizes de palhaços. Nos cartazes, dizeres genéricos contra a corrupção, o PT, a Dilma e o Lula. Na hora, exclamei em voz alta “Isso aqui está muito Cansei”. Procurei cartazes contra os nossos vereadores cassados que, a despeito de sua condenação, permanecem nos cargos, e não achei. Procurei faixas sobre o Tapete Negro, a maior escândalo político registrado na cidade, e não achei. Procurei cartazes sobre transporte público universal e gratuito, ou o facínora do Feliciano, ou a desmilitarização da polícia, ou a denúncia do latifúndio, do ecocídio e do etnocídio, ou a ampliação de direitos individuais e coletivos… e não os achei. Sei que algumas dessas pautas estavam contempladas na marcha – vi fotos desses cartazes – mas não as enxerguei, ao vivo e a cores. Apenas as queixas de parte da sociedade que, enquanto reclama da corrupção, pensa em formas de sonegar imposto de renda ou escapar das blitz de lei seca. Os mesmos que enxergam a corrupção em apenas um partido – ou então, em todos os políticos. Talvez eu tive azar e vi somente uma parcela dos manifestantes, os alimentados por semanários conservadores.

Regina Duarte curtiu o #ProtestoBnu (Foto: Jaime Batista)

Regina Duarte curtiu o #ProtestoBnu (Foto: Jaime Batista)

E o Hino, cantado por jovens e já não tão jovens. O Hino que nos incita a orgulhar-mo-nos de nosso glorioso passado, o dos índios que trucidamos, dos pretos que torturamos, dos pobres que deixamos e fizemos morrer. O Hino que canta sermos melhores que os outros por sermos nascidos no Brasil. Sejamos justos: não é predicado exclusivo nosso – todos os Hinos cantam a mesma, mesmíssima, coisa. Franceses cantavam seu Hino enquanto se dirigiam ao front para matar alemães – ou talvez fossem ao front matar alemães porque cantavam seu Hino. Ingleses cantavam seu Hino enquanto massacravam indianos, chineses, sudaneses. Alemães cantavam seu Hino enquanto conduziam os párias aos fornos. E os blumenauenses cantavam o Hino enquanto desfilavam pela Avenida Castelo Branco, enrolados em bandeiras brasileiras – a mesma bandeira que nos manda à Ordem, e reprime toda divergência. A Ordem que chacina moradores de rua, ambientalistas, sem-terras, sertanejos, os pobres de ontem e hoje. A Ordem do Capital, do Latifúndio, da exclusão social. A Ordem da Barbárie.

Manifestação patriótica em Blumenau (Não foi ontem - mas bem o pareceu. Foto achada via Google)

Manifestação patriótica em Blumenau (Não foi ontem – mas bem o pareceu. Foto achada via Google)

Até então, nada imprevisível. A estultice patriótica e o jeito “Cansei” de protestar já estavam anunciados nas redes sociais e em outros protestos Brasil afora. Há alguns dias, perfis no Twitter já criticavam a coxinhização das manifestações. Mas então chegamos novamente à Prefeitura, e a manifestação parou. Alguns jovens, escondidos sob máscaras do Guy Fawkes, subiram na Macuca, ao qual foram ovacionados. Após certo tempo, começaram tímidas vaias a eles. Aos poucos, as vaias se transformaram em berros, ainda indistinguíveis, mas logo cristalizados em uma ordem, cantada por muitos ao som de uma única voz: “Desce do trem” e “Sem violência”. Lenta, muito lentamente, os garotos abandonaram a tal Macuca.

A Macuca (Foto: Jaime Batista)

A Macuca (Foto: Jaime Batista)

E então, uma garota, sozinha, subiu no teto da locomotiva. Não a conhecia: para mim, era apenas uma garota, com calça jeans cinza e camisa cinza. A Garota-de-cinza, como a apelidei, não só subiu na Macuca, mas começou a pular em seu teto. E então, o ódio. As vaias se tornaram mais fortes, e a ordem de “Sem violência” gritada em uníssono contra a Garota-de-cinza, que pulava no teto da Macuca, foi substituída por um coro, repetida e repetidas vezes entoado, de “Desce, vagabunda”. Também ouvi vários “filha da puta”. Mas não foram só palavras as armas usadas contra ela – vi vários manifestantes, enrolados em bandeiras brasileiras ou com as faces pintadas de verde-amarelo, jogarem lixo contra ela: garrafas pets, latinhas de cerveja… Os mesmos que, instantes antes, gritavam “Sem violência” aos seus pulos.

O que acontecera naqueles poucos minutos, entre a ovação aos mascarados e os xingamentos à Garota-de-cinza? Certamente não foi a percepção de um risco à integridade da Macuca. Afinal, qual o dano que aquele corpo de 50, 60 quilos, poderia causar ao ferro da locomotiva? Ouvi de uma garota que passava por mim um trecho da conversa mantida com quem lhe acompanhava: “Mas é só um trem!”. Não, naquele momento, a Macuca deixou de ser uma mera locomotiva, posta diante da Prefeitura. Naquele momento, o dano possível era de outra ordem, simbólica: os blumenauenses perceberam que a Macuca era um monumento, uma narrativa sobre o progresso, a civilização, a riqueza. E a essa narrativa era preciso proteger da profanação manifesta pelos pulos da Garota-de-cinza. Seus pulos berravam “Abaixo o progresso, que matou e mata em seu nome”, “Abaixo a civilização, que trucidou e trucida os indígenas no Vale”, “Abaixo o capitalismo, que produz pobreza para gerar riqueza”. A Garota-de-cinza era, naquele momento, o Messias que vem para redimir o passado de que nos falara Benjamin, o Messias que vem para despertar as centelhas de esperança do passado. Sua profanação significava, naquele momento, um estado de exceção àquele estado de exceção permanente convertido em ordem. Mas os blumenauenses que marcharam pela Avenida Presidente Castelo Branco, marcharam pelo Progresso e pela Ordem. E essa Ordem era preciso proteger dos pulos que gritavam aos ouvidos dos manifestantes. A ousadia e a coragem da Garota-de-cinza, que desnudara o rio de merda no qual nos banhamos dioturnamente, precisavam ser caladas. E calaram, a vaias, xingamentos e lixo arremessado. Como o pintor de paredes que tapou buracos, falhas e fendas com um balde de tinta, os manifestantes salvaram o monumento. Talvez somente até a próxima chuva, mas o salvaram. A Garota-de-cinza, sozinha, desfraldara o retrato que esconde nossa sujeira, nossa avareza e tirania, que permite assim nos mirarmos no espelho e enxergar apenas a beleza. Mas a sujeira oculta era por demais suja e fétida para a encararmos. E por isso a Garota-de-cinza foi odiada. E por isso a Garota-de-cinza foi silenciada. E a sujeira, novamente encoberta. Encoberta também com o lixo arremessado na direção daquela corajosa.

Ao contrário de outras passeatas e manifestações, que sempre liberaram em mim a satisfação e felicidade, fui para casa tomado por Tânatos. Segui rumo a um ponto de ônibus, pela Rua Sete de Setembro, triste e cabisbaixo como nunca estivera após uma manifestação. Remoía a experiência quando me vi defronte o shopping: blumenauenses ainda enrolados em suas bandeiras nacionais, talvez os mesmos que bradaram anteriormente “Sem violência” e depois liberaram seu ódio, dirigiam-se ao interior daquele estabelecimento; a Ordem estava, novamente, estabelecida e segura.

P.S. 1: será mera coincidência que o dia em que os blumenauenses saíram às ruas para protestar foi também o dia em que manifestações em vários lugares do Brasil registraram atos de fascismo? Relatos aqui, aqui, aqui e aqui.

P.S. 2: talvez “É proibido proibir”, executada, sob vaias, por Caetano no Festival Internacional da Canção de 1968, nunca tenha sido tão atual como nesse pós-20-de-junho. Música e discurso, mais uma vez atuais e urgentes: tocarão, dessa vez, aqueles que vaiam?

 

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito da história. In: ______. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BRECHT, Bertolt. Canção do pintor. In: ______. Poemas 1913-1956. São Paulo: Brasiliense, 1987.

COSTA, Viegas Fernandes da. Impressões do Vale. In: ______. De espantalhos e poemas também se faz um poema. Blumenau: Cultura em Movimento, 2008.

WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Gray. São Paulo: Abril Cultural, 1980

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42 respostas para Sobre o protesto em Blumenau, 20/06/13

  1. Martin, esse texto reflete muito daquilo que senti, como quando a gente vê na grande massa a força conservadora que passa como um trator sobre as nossas idéias e nos faz sentir diminutos diante de tanta hipocrisia e fascismos.
    Eu fiquei no protesto do início até o fim da caminhada, e não vi a cena da garota de cinza (ainda bem, eu acho, pois teria me sentido bem pior do que do jeito que saí).
    Quando iniciamos a caminhada, deu ânsia ao ler as placas da primeira e segunda parte da massa. Ficamos na terceira, quando achamos um pouco da ‘nossa turma’, provavelmente aquela que tu não viu pessoalmente, que bradou contra Feliciano, homofobia, vereadores cassados e tapete negro; a favor do passe livre, corpo livre e que não cantou o hino nacional, mas se arrepiava de horror e medo cada vez que ouvia. Medo do futuro, que pode reforçar ainda mais essas hipocrisias e fascismos cotidianos. Daqueles que pregam a não violência e igualdade de gênero só até o momento em que o seu vil metal esteja ameaçado por ‘comunistas’ e ‘desordeiros’. Por isso, eles não titubeiam em chamar uma mulher de vagabunda, na primeira ameaça a tudo o que aquela locomotiva representa, como perfeitamente descrito por você.

    • Martin disse:

      Eu imaginei, por não localizar pessoas conhecidas, que estava deslocado na manifestação. Mas estou seriamente preocupado. Aquilo que era a oportunidade de fazer avançar as pautas de esquerda, parece estar sendo engolido pelas forças da ordem, do estado de exceção permanente. No Twitter, ao longo da madrugada, foi geral apavorada e perdida, sem saber o rumo. Eu torço que essa catarse coletiva assente e seja sublimada na construção de algo melhor do que o que temos, mas que o ovo da serpente é real, não há dúvidas. Beijo, e grato pela leitura e tuas palavras.

      • Bruno Schmitt disse:

        “Aquilo que era a oportunidade de fazer avançar as pautas de esquerda, parece estar sendo engolido pelas forças da ordem, do estado de exceção permanente.”
        ESTE MOVIMENTO NÃO TEM QUE TER CARATER NEM DE ESQUERDA NEM DE DIREITA, tem objetivo de ser contra essa desmoralização geral que toma conta do pais!
        Ninguém disse em nenhum momento que esse movimento seria de esquerda ou direita.
        Acredito que todos podem lutar por suas causas juntos sendo estes de direita ou esquerda.

  2. Bruno Schmitt disse:

    Senhores, li muito atenciosamente o que aqui foi escrito! Pois bem, gostaria que vocês tecessem comentários de como deveria o movimento agir e de como os manifestantes deveriam agir então?

    • Martin disse:

      Bruno, não cabe a mim – ou qualquer outra pessoa ou organização – apontar como “os manifestantes” devem agir. Esse é um equívoco comum a quem crê sua visão de mundo corresponder à Verdade Revelada – também uma forma de fascismo.
      Eu posso apenas falar e pensar por mim: não me manifestarei a favor de qualquer ideologia que desuna as pessoas. Não contribuirei com o ódio a qualquer pessoa ou instituição. Não atacarei a democracia e a liberdade de expressão – e proibir partidos políticos nas manifestações é anti-democrático. Não apoiarei pautas que restrinjam ou neguem direitos a determinados grupos. Me manifesto contra estruturas de concentração de renda e bens, de produção de desigualdades e agravamento da destruição ambiental.
      O que é preciso, e sempre o foi, é procurar e abrir-se para o debate honesto de ideias. Se há algo que eu posso recomendar, aos manifestantes e todos os que vivem a democracia, é isso, e apenas isso.
      Abraço, e grato por sua leitura.

      • Bruno Schmitt disse:

        Meu amigo, no momento que você repudia com suas palavras que a população não deveria ter chingado , ou mandado a garota descer da macuca você esta dando sua opnião de como os manifestante devem agir! Não me venha com discursos rebuscados e jogos de palavras.
        Ah e claro, opnião sobre os outros você tem mas uma opnião formada sobre como deveria agir você não tem? Somos o que então ? Seus ratos de laboratório onde você observa nas ruas e depois vem tecer comentários e não apresenta soluções? Aliás, qual a definição de fascimo que você usa? Esse é o grande problema da raça humana, adora observar os outros mas não olha pra si mesmo. Será que você não é um fascista também não? Se é que ser fascista , ou comunista ou seja la o que for é bom ou ruim.

      • Anônimo disse:

        Bla Bla Bla, discurso eloquente com ótimo jogo persuasivo.

        TENHO QUASE CERTEZA QUE POSTEI UM COMENTARIO AQUI ANTES E O MESMO NÃO FOI ACEITO, QUE ENGRAÇADO QUEM SE DIZ DE ESQUERDA, MODERA COMENTARIOS E NÃO OS ACEITA? POR FAVOR MEU AMIGO, VOCÊ QUEM É O FASCISTA CERCEADOR DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO. VOU ESCREVER NOVAMENTE O QUE ESCREVI ANTES AQUI, E MESMO QUE VOCÊ NÃO PUBLIQUE O VOU AXAR MEIOS DE PUBLICAR!
        Você quando em seu rebuscado texto disse que os manifestante são fascistas e não deveriam proibir a garota de subir na macuca, VOCE esta apontando como os manifestantes devem agir e vem depois dizer que nem você nem ninguém deve dizer como as pessoas devem agir?. Você esta se equivocando e correspondendo com a sua verdade revelada! Você tem pensamentos de esquerda e não sabe lidar com a diversidade de pensamentos, essas manifestacoes nao tem carater politico, muito menos de pessoas de esquerda ou direita, essa manifestacao tem simplesmente o intuito de ir contra tudo aquilo que é unanimidade entre nós! Pelo menos esse é meio pensamento. Não faça da sua teoria , o pensamento da “geral”

      • Martin disse:

        Bruno, não se trata de censurar os comentários, mas de ausentar-se da internet – por incrível que pareça, este corpo aqui também trabalha para pagar as contas. Por isso, não posso estar aqui, liberando os comentários a cada segundo. E a seção de comentários é moderada porque 1) há uma praga instalada na internet chamada spam, que infesta inclusive as caixas de comentários, e 2) não quero que isso aqui vire terra de ninguém, aberta a xingamentos de toda ordem.
        Te agradeço a gentileza das palavras.

      • Bruno Schmit disse:

        Pois bem meu amigo. Você diz que não pode falar e dar idéias sobre como o movimento deve agir. Ok. Mas em seu lindo texto você diz que a garota subiu na macuca e os manifestantes quiseram proibir este ato. Você quando fala isso, esta automaticamente dizendo como quer que os manifestantes ajam. Você quer que os manifestante ovacionem a moça e que mais pessoas subam lá e finquem suas bandeiras morais. Não sejamos hipócritas e não venhamos com joguinhos de palavras para detonar a opnião do outro. O negócio é objetivo. Foda-se a guria que subiu na macuca e chingaram ela. Subir na macuca não vai objetivar nenhuma forma de conquista. Eu estou neste protesto não é nem por direita nem por esquerda, aliás tenho nojo desse pessoal que fica se intitulando assim. Tenho nojo de gente que fica com essa ou aquela bandeira. Eu defendo o que todo mundo quer, eu defendo a unanimidade , defendo o fim da corrupção, defendo condições de vida melhores. Não quero saber quem é fascista ou comunista ou o diabo a quatro! Eu sou ser humano, mereço respeito, não vim pra terra pra ficar com rixas ideológicas de direita e esquerda.

      • acredito q faltou um pouco de liderança no manisfesto. sobre a guria do trem… achei viagem, vc ta pagando pau e talvez nem sabe as reais intenções dela, foi um manifesto pacifico. ela subiu (e pulou) num patrimônio historico de Blumenau, configurando (ao meu ver) vandalismo!!! Foi um manifesto “morno”? Foi!!! So nao acho certo autopromoção.

  3. Anônimo disse:

    Seus ridículos!

    • Martha Mannes disse:

      …seu quosciente de coragem revelado pelo anonimato, amigo… pior é que o mundo está REPLETO de COVARDES como você…

  4. Anônimo disse:

    Chegou atrasado e quer sentar na janela. Vai dar o rabo!

    • Martha Mannes disse:

      …ainda que ele fosse fazer isso que você falou, “corajoso” anônimo, esse seria um direito dele, que só a ele interessaria… assim como seu quosciente de coragem foi revelado, agora é seu quosciente de preconceituoso (e tb do tamanho do seu cérebro!!) que se revelou…

  5. Bruno Schmitt disse:

    Muito bem! Deixe eu dar minha opnião então: A Verdade é subjetiva, existe a minha verdade e a sua verdade! Cada um acredita no que quiser! As relações humanas são muito subjetivas para trata-las de modo apenas empírico! Porém tudo que aqui eu ou você disser pode cair na subjetividade! Todos tem direito de se manifestar e todos tem direito de ir contra as manifestações! Fascista ou seja lá o que for essas pessoas que você descreveu , elas estão lá lutando por um ideal delas! Agora se formos ficar aqui falando do “sexo dos anjos” falaremos pela eternidade.
    Abraço.

    • Martha Mannes disse:

      …então, se um fascista vai para a rua, ele só o faz porque ANTES DELE, alguém que NÃO ERA FASCISTA, conquistou o direito de ir às ruas… o que TORNA OS FASCISTAS COVARDES APROVEITADORES…

      • Bruno Schmitt disse:

        Esse é o seu pensamento minha cara! Como falei tudo isso é muito subjetivo! A sua verdade não é absoluta e nem a minha, portanto cada um no seu quadrado!

  6. Lucas Arthur disse:

    Lendo esse texto posso ter certeza que o meu sentimento foi idêntico ao seu, de pura tristeza. Me senti completamente manipulado por uma massa de pessoas intolerantes, preconceituosas e conformadas com a sua situação. Quando a manifestação se formou, meu coração foi tomado por um sopro de esperança e extrema excitação, mas agora, esses sentimentos estão dando lugar a raiva e o ódio desse povo que age como fantoches.

    O seu texto relata exatamente o que eu também senti, infelizmente.
    Abraço !

    • Jaqueline Setti disse:

      Eu também fiquei feliz de chegar lá e ver tanta gente, mas também acabei indo pra casa decepcionada, uma pena :/

  7. Anônimo disse:

    O que está acontecendo é que esse pessoal que foi protestar não tem formação política além do que a Globo transmite, não participam de movimentos sociais e não tem ligação com nenhum movimento que busca a melhoria de alguma coisa.

    Então o que aconteceu é isso, the walking dead.

  8. Martin disse:

    Gente, vamos com calma nos comentários. Ódio e rancor já tem espaço demais, no mundo real e virtual.
    Martha, obrigado por seus comentários, mas lhe peço um pouco mais de diplomacia.
    A partir de agora, ofensas só as dirigidas a mim.

  9. Carla Jacqueline Torrens disse:

    Tinha muita gente sim com cartaz de Tapete Vermelho, dos Vereadores, inclusive eu!!!!

    • Martin disse:

      Depois a Sally me explicou que eu estava posicionado na parte “errada” da manifestação, a que só lembrou da corrupção petista…
      Obrigado por sua manifestação.

  10. Martin, Concordo com o que você apresentou e muito interessante a colocação de seu artigo.
    A massa ordenada e desorganizada me lembrava um fim de tarde de Outubro, quando mistura de turistas com locais dirigiam-se do Tunga à Vila Germânica. Não sentia nas pessoas ali o ar de indignação e revolta que tanto se vê pelo país ou que refletiria em tantos cartazes que fizeram. Deixaram em casa sua revolta e levaram às ruas a apatia? A Câmara dos Vereadores devia estar assombrada ou tomada por militares, pois nem todo o grupo chegou perto dela (o que me deixou perplexo e sem entender o rumo daquele grande grupo), muito menos fazendo uma concentração nela para então entoar palavras de revolta e repudio à tudo que ocorre contra a sociedade e cidadão, indo da Flamingo à Beira Rio e retornando à prefeitura, direto. O marco simbólico da Câmara, assim como a Locomotiva, foram ignorados e mantido a ordem deles e neles. Ou seja, de algum modo, apenas ganhamos uma concessão legal para passearmos no meio da rua, durante 2 horas no meio da chuva.
    Não se trata de partidarismo ou ideologia conservadora, reacionária, revolucionária, social, ou qualquer outra… É apenas fazer com que uma manifestação tenha efetividade e sentido, e não uma passeata como se fosse um desfile da Oktober. Manifestação em que as pessoas param para elas e seus cartazes serem fotografadas pelos meios de comunicação nos parapeitos dos prédios me surpreende muito.

    • EDUARDO SESTREM disse:

      “(…) concessão legal para passearmos no meio da rua, durante 2 horas no meio da chuva.” Bem observado.

    • Luiz disse:

      Olá Frederico, gostei da sua comparação com o desfile da Oktober, inclusive ontem no proteste vi uma fila de pessoas se locomovendo entre a multidão (parada em frete a prefeitura) cantando “um baril de chopp” e formando aquele “trenzinho” característico.

      Martin, ótimo texto, compartilho seu sentimento, saí do protesto frustado.

  11. Acho que o termo para definir a manifestação em Blumenau é “desabafo coletivo”. A sensação é que foi muito legal se visto de fora, mas nem tão empolgante para quem estava dentro. Pareceu que todos saíram as ruas para esbravejar contra tudo que consideram errado, por isso tantos temas presentes. Outra sensação foi de que muita gente foi para participar e dizer que esteve lá, imaginando que é um momento histórico. Os “caras pintadas” de 1992 exigiram a saída de Fernando Collor, mas o movimento atual não tem mais foco. O único foi a revogação do aumento da tarifa (parcialmente atendido, já o pedido é transporte gratuito), causa dos protestos em São Paulo, nos quais houve violenta repressão à vândalos, estopim de outras manifestações Brasil a fora. Os diversos grupos inseridos na multidão cantam uma coisa diferente do outro, com exceção do Hino Nacional e versos genéricos – “Eu sou brasileiro…”, “Vem pra rua!”, “Você, parado, também é explorado”, entre outros. Acredito que o sentimento de ter participado de um Carnaval ontem à noite é compartilhado entre todos que nunca estiveram “dormindo” durante todos estes anos desde a queda de Collor, seja os militantes dos movimentos sociais e comunitários ou aqueles (como eu) que, mesmo na Internet, debateram mudanças. Em meio a toda pauta generalista, também não vi críticas ao prefeito, que acredito estar aquém do esperado pelos 70% dos que votaram nele e fazia parte da bancada governista na legislatura passada (aliado de Fiedler, portanto). Não vi a garota de cinza, mas acho que tu deu uma romanceada na situação… (hahaha). Ainda sobre este episódio, a desvalorização da locomotiva naturalmente é fruto de décadas de abandono das ferrovias. A “coxinhização” foi menor do que eu pensava. Espero que a revolta contra “tudo o que está aí” faça as pessoas aderirem à próxima passeata pela federalização da FURB ou ao próximo protesto de professores por melhores salários e condições de trabalho. A ver cenas dos próximos capítulos…

    • Gostei Néia, não consegui deixar meu cartaz lá, mas deixei do outro lado da rua o meu:

      Sobre a manifestação, pedir foco em algo espontâneo, em uma manifestação com tom de desabafo que brada, “ei, eu existo, olha pra mim que eu estou cansado desta merda toda” é complicado. Chegou da metade pro final, viu meia dúzia de cartazes e achou uma merda, e achou que uma menina pagando de revolucionária por subir na macuca seria um Messias, é muita imaginação, ela subiu só pra chamar a atenção, e conseguiu.

      Participei, e confesso que esperava mais do povo que foi a rua, mais seriedade nos protestos e menos gritos sem sentido. Do que adianta xingar a Dilma? Realmente para muitos era uma festa, e para muitos um protesto sério, com várias pessoas mais velhas inclusive. Fiquei feliz de ver tanta gente na rua, uma mobilização deste tamanho é animador, mas tb fiquei um pouco triste por ver que este tipo de protesto sem foco não vai mudar muita coisa, ou nos organizamos para pautar o protesto em coisas objetivas, como pedir a saída dos vereadores condenados e a investigação do Tapete Negro, ou nada vai mudar, e povo continuará por muito tempo no delírio de que mudaram o país.

  12. Damon Salvatore disse:

    Se você realmente ficou até o final , pode ver que não foi apenas pela macuca que a Filha da Dilma (apelidada por mim) foi vaiada , e sim por levantar um cartaz para a legalização da maconha , onde , tantas coisas de extrema importância poderia ter sido levantada lá em cima ( Criticando o Pec37 , corrupção , educação , salário , segurança entre diversos outros), e ela levanta o quê? o cartaz da liberação da maconha . Corajosa? nem um pouco , corajoso seria aquele que subisse lá em cima com ideais inteligentes.

  13. Djonatam Rubik disse:

    Eu participei da manifestação desde o início e havia cartazes de todos os tipos, por conta do tapete preto, duplicação da 470, dos vereadores corruptos que estão em exercício, da Foz do Brasil, Feliciano, educação, saúde, corrupção… O incrível é sempre criticar, pois não saiu de acordo com o esperado. Critica-se pois foi feita de forma pacífica, ou por não terem ficado a noite toda em frente a Câmara Municipal de Vereadores, ou por ter feito a polícia e o exército precisarem sair de suas bases.
    Quem é que esta governando o País se não é a esquerda. A esquerda é uma piada. Uma coisa é a extrema exploração que algumas empresas fazem com seus funcionários a outra e a extrema exploração que o governo faz com as empresas. Tentem construir e administrar uma empresa séria pra ver como é fácil, como os funcionários colaboram 100%, como o governo não cobra quase nada de impostos, como a matéria prima chega rápido, como a logística de entrega dos produtos são simples e rápidas.
    Isso sem contar que o governo não investe em porcaria nenhuma no País e investe milhões em aeroporto em Cuba, hospital no Oriente Médio, perdão de dívidas ao países por ai a fora e o povo que se dane.
    O problema é muito maior do que se discute. E ele já vem acumulando-se a anos. Uma hora estoura.

  14. Djonatam Rubik disse:

    Ahhhh, só mais uma coisa, não foi repetidas vezes entoados “desce, vagabunda” eu mesmo gritei desce e somente desce. Se foi entoado “desce, vagabunda” foi por alguns poucos que estavam por perto. E seus pulos como escreveste não “berravam “Abaixo o progresso, que matou e mata em seu nome”, “Abaixo a civilização, que trucidou e trucida os indígenas no Vale”, “Abaixo o capitalismo, que produz pobreza para gerar riqueza”. A Garota-de-cinza era, naquele momento, o Messias que vem para redimir o passado de que nos falara Benjamin, o Messias que vem para despertar as centelhas de esperança do passado. Sua profanação significava, naquele momento, um estado de exceção àquele estado de exceção permanente convertido em ordem”. E de Messias ela não tinha nada. Isto é o que você queria que ela estivesse fazendo. Seu coração estava gritando para que fosse por isso, mas duvido muito que o seja. Já ouvi a história dos índios que foram trucidados, e não tenho orgulho algum disto.

  15. Renato Jünge disse:

    Não participei da Passeata, por estar confuso com relação ao real objetivo do movimento, tanto aqui em Blumenau como no Brasil, Não preciso ir para a rua para afirmar que sou contra a Corrupção, e desconfio daqueles que precisam sair bradando que são contra….
    O texto do Martim me entristeceu, pois até então achava que era eu que estava meio fora de sintonia e não conseguia me empolgar, mas vejo que infelizmente todos que tem um olhar um pouco mais aprofundado e critico estão com a mesma sensação…

    • Josete disse:

      É por causa de pessoas iguais a voce que nosso País esta do jeito que esta.Não estou confusa quanto aos motivos que me levaram a passeata ontem sei exatamente porque.É muito facil as pessoas estarem com suas bundas sentadas na frente da tv ou da internet e lamentarem como as coisas estão caras,nossa o tomate esta pela hora da morte,mas quem planta não recebe este valor.Pois é o maldito governo que fica com a maior parte.Precisamos sair as ruas sim para que vejam que o povo existe e esta vendo o que esta acontecendo.Vamos para as ruas sim vamos lutar sim.

  16. Bruno Schmitt disse:

    Toda manifestação de qualquer pessoa seja ela qual for, é legitima! Se alguém aqui tem alguma idéia melhor do que fazer pra melhorar o país diga agora, criticar é muito fácil , dar soluções é complicado né! Talvez esse protesto não seja a melhor forma de construirmos um pais melhor? Talvez não! Talvez esse protesto seja de fascistas como disse o autor do texto?Talvez!
    Talvez o autor do texto esteja viajando na maionese? Talvez!
    O que não se pode fazer é cercear o direito das pessoas se manifestarem , pois sem isso viemos ao mundo para que? para ficar de boca fechada? para ouvir teorias da conspiração sobre fascistas e ficar calado ?
    O povo esta consumindo por um desejo de mudança. Um desejo de tirar do poder governos corruptos, e isso não se dá do dia pra noite, isso é construído historicamente, através de lutas. O povo tem desejo de construir isso tudo sem violência e sem bagunça!
    Agora como já disse antes, se ALGUÉM AQUI TEM ALGUMA IDÉIA MELHOR DO QUE ESTA PARA MUDAR ALGUMA COISA, SEJA LA ELA QUAL FOR, DIGA e não fique enrolando com discursos intelectuais. Aliás gostaria de saber das pessoas que leram esse texto , por sinal muito bem informadas e estudadas(depende do ponto de vista) são realmente pessoas que não tem traços fascistas. É muito fácil escrever qualquer coisa sobre qualquer coisa e tomar um partido da coisa.

  17. Vanucci disse:

    MARTIM. Tudo que esta acontecendo me soa estranho demais….Creio que as coisa estão ruim, mas não sinto este movimento como possível faísca a mudar as coisas…

  18. Shann Almeida disse:

    Não conheço quem escreveu o texto, mas me identifiquei em certos aspectos, o episódio da garota-de-cinza, eu não presenciei, mas sai da manifestação com um vazio no peito, com uma sensação estranha que eu ainda nem sei bem como explicar, inclusive hoje falando com uma amiga de São Paulo que também esteve nas manifestações por lá, concluímos que temos muito a refletir e muito para analisar de tudo que está acontecendo no país e principalmente para compreender o porque nossas participações nos protestos nos deixaram assim, com esse ‘sei lá o quê’ de tristeza, quando a expectativa era de que nos sentiríamos fortes e cheias de esperança. …Ainda não tenho grandes conclusões sobre tudo que tenho visto, lido e até participado, estou me dando o direito e o dever de refletir antes de sair nas ruas novamente…

  19. Anônimo disse:

    Acho sim que faltou organização, ter um foco, uma reinvidicação objetiva…mas todos os cartazes de todos os temas eu vi lá, misturados a com indignação de cada cidadão!!!!

  20. Leandro disse:

    Essas pessoas que reclamam tanto dos protestos fora de ordem, pq não se mechem além de achar defeito? Se são tão melhores que a maioria pq ainda não mostraram a solução?

  21. Anônimo disse:

    Vou relatar como foi a pré e a pós manifestação:

    A manifestação foi proposta por membros de um pequeno grupo, que se reúne na FURB, onde é realizado o cine-debate: https://www.facebook.com/groups/105167486356320/ (estão todos convidados a participar).
    Muitos comentaram sobre a falta de objetividade. Isto está bem especificado na página do evento: https://www.facebook.com/events/557996044239846/
    No entanto, quando percebemos que já constavam 3000 pessoas confirmadas, achamos que deveríamos discutir em assembléia alguns procedimentos como: o real foco do evento, o trajeto a ser percorrido, panfletagem, confecção de cartazes, etc…
    Foram marcadas duas reuniões, a primeira no sábado dia 15/06 às 15:00 hs (que se estendeu até às 19:00 hs), e a segunda, na terça-feira 18/06 às 20:00 hs em frente a biblioteca da FURB.
    Na assembléia de terça, onde acreditamos ter umas 150 pessoas, tentamos em vão manter o foco no movimento passe livre. Algumas pessoas foram totalmente contra as reivindicações do MPL, sugeriram inúmeros temas para a manifestação, e não se chegou a um consenso.
    O MPL manteve o seu foco, mas não proibiu ninguém de levantar os seus cartazes, recomendou apenas que não levantassem nenhuma bandeira de partido.
    Foram confeccionadas várias faixas e cartazes, dos temas mais variados, com materiais disponibilizados gratuitamente pelo DCE.
    Pelas redes sociais fomos massacrados!
    Criaram páginas com eventos paralelos, mas para a mesma hora e local.
    Fizeram uma com o tema : Vamos quebrar tudo Blumenau!
    Postaram fotos de como fabricar coquetéis molotov na página do evento, enfim, ficamos sim preocupados com a segurança das pessoas, entre elas muitos jovens e crianças que participariam pela primeira vez de uma manifestação. Não poderíamos sozinhos, garantir a segurança de ninguém!
    Fomos convidados então a comparecer a uma reunião no batalhão da PM. Nesta altura já estavam perto de 15000 confirmados, lá esclarecemos o trajeto que havia sido votado democraticamente entre os participantes na assembléia da última terça.
    Uma de nossas preocupações era em relação as ambulâncias, não queríamos prejudica quem realmente estava necessitando de socorro. A questão foi resolvida junto ao pessoal do seterb, que também estava presente na reunião.
    O comando da PM explicou como atuaria, que seriam muito discretos, nos ajudariam no fechamento das vias e que resguardariam a prefeitura e a Câmara de Vereadores de possíveis vândalos.
    Uns manifestantes reclamaram da falta de um carro de som, abordamos este assunto também nas assembleias, e optamos por não levá-lo por dois motivos:
    Primeiro – não queríamos que ninguém monopolizasse as falas e tentasse se promover; Segundo – Achamos que todos estavam com muitos gritos presos na garganta há muito tempo, e que não precisaríamos de microfones para liberá-los.
    Até apareceu um oportunista na prefeitura com o seu próprio carro de som, mas este foi persuadido a deixá-lo por lá e não seguir na marcha!
    Às 17:25 hs, cheguei em frente a prefeitura e já haviam algumas pessoas…
    aos poucos o número foi aumentando e o que se viu, todos aqui já o sabem!

    Agora vos pergunto: O que as senhoras e os senhores esperavam? Violência? Depredação? Balas de borracha nas crianças?
    Percebi que após nada disso ter acontecido, parece que as pessoas voltaram para as suas casas decepcionadas!
    Tentamos sim manter um foco no evento, pois julgamos que seria mais efetivo.
    Mas vivemos numa DEMOCRACIA, onde felizmente cada um pode escolher contra o que protestar!

    Eu fiquei muito emocionado!
    Ver tanta gente reunida nesta cidade, mesmo que “desfilando”, como mencionaram, em protesto aos anos de descaso com que TODOS os GOVERNOS, de TODOS OS PARTIDOS têm nos tratado, pra mim foi maravilhoso!

    A proposta era da manifestação ser APARTIDÁRIA, SEM BANDEIRAS POLÍTICAS E NÃO TER LIDERANÇA! As únicas bandeiras que vi eram a do Brasil e a de Santa Catarina, e sinceramente não vejo nenhum problema em utilizá-las.
    Acho que todos estes quesitos foram bem atendidos.

    Caro Martin, achei o seu texto maravilhoso, mas romanceastes demais sobre a Garota-de-cinza. No meu ponto de vista, (que é apenas a vista partindo de um ponto), ela estava mesmo era querendo chamar a atenção. O simples fato de estar mascarada, não significa que o seu pequeno grupo não a reconheceria!

    Penso que agora, é a hora de refletirmos sobre o rumo das manifestações.
    O que realmente se deseja com tudo isso?
    Para não alimentarmos a esperança, daqueles que sempre torceram pelo caos!
    Esta é a desculpa preferida para se impor a ordem!

    DITADURA NUNCA MAIS!!!

    GRANDE abraço a todos!

    Ps: Temos diversos grupos no facebook, criando novos eventos de manifestação.
    Caso participem, aqui vão alguns conselhos:

    FAÇAM MAIS DO QUE APENAS RECLAMAR NA INTERNET!
    NÃO ESPEREM QUE OS OUTROS TOMEM AS SUAS DORES, REIVINDIQUE!
    SEJA O SEU PRÓPRIO LÍDER E NÃO MASSA DE MANOBRA DE NINGUÉM!
    NÃO SEJA VIOLENTO, SÓ PORQUE O ESTADO É VIOLENTO!
    NÃO ESQUEÇA: SE VOCÊ QUEBRAR ALGO, FARÃO LICITAÇÕES PARA CONSERTÁ-LO!

    Este é um texto inteligente e que recomendo a leitura:
    http://viegasdacosta.blogspot.com.br/2013/06/nao-voltarei-as-ruas-nos-proximos-dias.html?zx=babfc4842fbd6f7b ,

  22. Olá Martin! Como estás? Parabéns pelo texto! Pena que em um país que luta tanto por sua democracia e liberdade de expressão um jovem com tanto talento quanto vc seja tão duramente criticado por uma breve análise de um movimento claramente manipulado. Mas fazer o quê? Eu mesmo sempre admirei com tremenda estranheza o saudosismo anormal que os jovens brasileiros manifestam em sala de aula por um período que sequer conheceram, a ditadura militar. O fato é que o brasileiro ainda não aprendeu como lidar com a democracia, também pudera, depois de tanto tempo de repressão… é difícil comprometer-se com o desenvolvimento da cidadania, temos em nossa cultura o péssimo hábito de esperar que uma figura messiânica apareça para nos direcionar ao paraíso sem que tenhamos que passar pelo sofrimento de fazer nossas próprias escolhas. Por isso quando aparece uma criatura como vc, com o seu “jogo de palavras”, é tomado como sendo a encarnação do diabo, aquele que quer subverter a ordem, seduzir as pessoas ao caminho da iluminação intelectual que priva da humildade necessária para seguir os caminhos do messias. Quando na verdade tudo o que vc quis foi demonstrar e compartilhar um sentimento “seu” que foi criado pela decepção ao ver a contradição de um movimento que quer criticar as ações do poder seguindo as regras por ele estabelecidas (seria mais ou menos como um rebanho de bovinos que protesta contra a exploração de sua carne cometendo suicídio coletivo somente após a engorda). Eu, particularmente, acho engraçado como as pessoas dizem fazer uso do senso crítico para não serem manipuladas pela mídia, ou por partidos, mas fazem exatamente o que estes sugerem sem nem se dar conta disso. Bom, poderia escrever muito mais (claro que sem o mesmo talento e qualidade que vc), mas acho que isso já é o suficiente para expressar o que sinto e dividir os esculachos com vc.

  23. Pingback: Sobre o protesto em Blumenau, 20/06/13 | Floripa Manifesta

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